Distrito Pedra Grande/MG

Esta área está delimitada pelos dos arruamentos do Distrito de Pedra Grande, iniciando na estrada de acesso, passando pela Rua Elpídio Quaresma, Rua Namir Otoni, Rua José Alves, chegando na Praça 15 de Novembro.

O inicio do povoamento dessa região se deu por volta de 1728 e no local haviam apenas três casas e um armarzem onde os viajantes e tropeiros faziam a pousada. O nome originou-se devido ao pequeno povoado se situar ao lado de uma pedra monolítica tipo pão-de-açúar denominada Pedra Grande, servindo durante décadas como referencia geográfica para os moradores e viajantes. Os primeiros moradores foram Jose Alves Matias (escrivão de paz), Carlos Otoni, Simplício Alves Martins e a primeira casa foi a do Sr. Manoel. A primeira rua foi a Eliziario Gobira e a primeira praça foi a Simplicio Alves Martins. Alguns ilustres moradores e políticos foram José Alves Martins e Joaquim Gobira que foram vereadores na Câmara de Almenara e  Avilmar Lopes que foi eleito Vice-Prefeito. Ainda tem o Coronel João ruas, os delegados Jose Gobira e Jose de lazaro e o escrivão de paz Jose Alves Matias.

O acervo arquitetônico se destaca com a Igreja de Bom Jesus da primeira metade do Século XX e os prédios onde funcionam a Sub-prefeitura e o Cartório que são exemplares de construções do inicio do povoamento.

O maior bem natural é a Pedra Grande que originou o nome do Distrito, um monolito tipo “pão-de-açúcar” aos pés do qual o povoado cresceu.

Tem topografia plana, as ruas são pavimentadas e convergem de uma maneira geral  para a praça principal, onde está a Igreja de Bom Jesus. As construções são de pequeno porte, dominando o estilo colonial mineiro rural. Feitas com adobe ou enchimento, as casas têm telhado em duas águas com coberturas em telha de barro, esquadrias rústicas de madeira e sem afastamento frontal. Observam-se também as grandes extensões de quintais entre as construções e uma boa área arborizada.

Esta área se caracteriza principalmente por ser de natureza rural, apesar de um núcleo urbano definido e com serviços públicos básicos, mas difere da Sede do município pela tipologia construtiva e na organização social. Serviu como dormitório para trabalhadores rurais da região e ponto de venda de mercadoria de secos e molhados para aqueles que não dispunham de transporte para ir ate Almenara.

Povoado de São José da Prata (Antigo Sacode)

A delimitação se inicia na rodovia que dá acesso ao povoado, fazendo seu contorno pela ruas e caminhos periféricos e percorrendo a estrada que leva á Sede do município.

São Jose da prata já foi um povoado bem desenvolvido, segundo moradores antigos, possuindo uma farmácia, uma cadeia, lojas de roupa, mais com a imoralidade e infidelidade religiosa dos moradores um padre lançou uma praga na comunidade ocasionando assim seu declínio. Somente anos mais tarde o bispo Don Jose Geraldo abençoa a comunidade novamente e com isso uma nova igreja foi construída e também uma escola de primeiro grau. O nome do povoado se dá a um fato ocorrido no passado: havia ali uma fazenda chamada fazenda de Maria Juca, em uma época de muita fome esta Maria Juca ajudava pessoas que moravam na mata próxima á fazenda, então ficou conhecida como “se acode” e que por fim ficou sendo “sacode”.

 Essa mesma fazenda foi que originou, em 1809, a fundação do povoado. Com a ajuda da D. Maria, mais e mais pessoas foram se aglomerando em torno da fazenda para procurar trabalho e comida. Os primeiros moradores foram Marciano, Ze´Maria “Nenê Grande”, Marcelino, Geraldo Teixeira de Morais. A Primeira igreja foi construída na primeira metade do Séc. XX foi demolida e uma nova foi feita para o Padroeiro São José.

Organiza-se em torno da rua central é que foi a primeira do Povoado e pela praça da Igreja que é ponto convergente e de encontro da comunidade. Não tem pavimentação nas ruas e  as construções são rústicas, predominantemente de tipologia simples da arquitetura rural, com telhados em madeira roliça e de telha de barro comuns, com duas águas e cumeeira paralela à rua. Na grande maioria, as casas são contíguas, não apresentam afastamentos laterais e de frente, o telhado às vezes se torna único, sobre varias casas. Estas mesmas características também podem ser observadas nas áreas II e IV e são pontos comuns entre as três áreas.

O acervo de bens imateriais é vasto e variado. Os festejos populares são a principal manifestação cultural de são José da Prata, destacando-se as festas Juninas e a festa do Padroeiro. Sua história tem um apelo religioso forte, com culto a santos e imagens sacras e a lenda do padre que excomungou o povoado. Destacam-se as imagens de São Sebastião do inicio do século XX e a de São José com oratório do mesmo período.

A circunvizinhança rural se caracteriza por casas de fazenda com predominância da arquitetura rural mineira, de aspecto rústico e geralmente são construídas em adobe ou enchimento com telhado em madeira roliça e telhas de barro comum tipo capa e canal. Geralmente são orientadas em direção a estrada de rodagem de que guardam sempre um afastamento de segurança, geralmente com arvores frondosas, local onde os visitantes são recebidos.