Autor: Economista Evandro Miranda (*)


Serra da Vigia: conhecida como Morro do Cruzeiro

Nos últimos tempos, a Serra da Vigia tornou-se mais conhecida como Morro do Cruzeiro. Em uma de suas vertentes, há a desembocadura do Córrego da Vigia, afluente a margem direita do Rio Jequitinhonha.

Neste local, deu-se a implantação do Quartel de Vigia. Essa guarnição militar fez parte da Sétima Divisão Militar de São Miguel (hoje Jequitinhonha), implantada em 1811, o que se deu no bojo do processo de colonização das chamadas Matas do Jequitinhonha.

A partir deste ponto, o Rio Jequitinhonha passa a correr ladeado por amplas planícies, antes ocupadas por espessa Mata Atlântica, o que veio facilitar a ocupação destas terras, que se deu sob a égide da pecuária extensiva, até hoje a atividade econômica predominante no médio-baixo Jequitinhonha.

Certamente, a abundância de água, solo fértil e madeira de lei foram determinantes para reordenar a política de colonização por parte da Coroa Portuguesa que, até então, via as matas dos rios Doce, Mucuri e Jequitinhonha como fator de proteção natural, que impedia o acesso de aventureiros ao cobiçado Distrito Diamantífero. 

As fotos foram feitas nas proximidades do Córrego São Francisco, à beira da estrada que faz a ligação entre Almenara e seus antigos distritos, a saber: Mata Verde, Divisópolis (antiga So-se-veno), Jordânia (antiga Palestina) e Bandeira.

A Serra da Vigia faz parte do imaginário coletivo daqueles que nasceram e vivem em Almenara (antiga Vigia)

Fonte: Diário do Jequi